A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Divino tem uma história linda, cativante e motivadora. Em poucas palavras, contaremos um pouco da sua história.

Ao converter-se ao Senhor em outra cidade, o senhor Juversino Claudiano Martins, em regresso a Divino-MG, não se adaptou em outra denominação. Em 1955, então, ele busca auxílio do pastor José Santos, sogro do pastor Silas Malafaia, que atuava como pastor regional na cidade adjacente, Carangola-MG.

O pastor José Santos enfrentou muitas dificuldades em iniciar este trabalho. Havia muitas perseguições e a intolerância religiosa era grande. Neste período, um religioso impediu os seus fiéis de alugarem imóveis para os “pentecostes”, como ficaram conhecidos os assembleianos. Em outra ocasião, em um culto realizado na praça Dr. Genserico Nunes de Oliveira, este mesmo homem usou a sua moto, rodeando a praça, com o intuito de atrapalhar a cerimônia através do ruído do seu veículo.

Nos idos de 1958, o pastor José Santos, enviou como missionários para Divino o pastor Tarsi Mariano, que até então era Diácono, e sua esposa Maria. Eles enfrentaram vastos obstáculos, que por contenção de espaço, noticiaremos apenas dois:

O primeiro relato que mencionaremos aqui é o ocorrido em Ponte Alta, lugarejo situado nos arredores de Divino. Ao pregar em praça pública, atiraram tomates no pastor e nos fiéis, além de chutarem a Bíblia na mão do pastor até rasga-la completamente. Ao chegar em casa, o missionário recolheu as sementes dos tomates que foram espalhadas sobre a sua roupa e as plantou. Certo tempo depois, nasceram vários pés de tomates, o que serviu de sinal divino para o pastor de que Deus faria frutificar sua obra naquela localidade.

O próximo relato ocorreu em nossa cidade, no terreno comprado depois de grande esforço e debaixo de grande perseguição. Naquele local, o pastor Tarsi construiu um simples templo de madeira, onde os irmãos poderiam se reunir para adorar ao Senhor. Todavia, sorrateiramente à noite, covardes invadiram o lugar e atearam fogo na obra. Ao amanhecer, quando a chama já havia sido apagada, este servo de Deus, mesmo entristecido, juntamente com outras igrejas evangélicas que se solidarizaram, sobre as cinzas, prestaram um culto ao Senhor.

Em 1969, o pastor José Santos, já presidente da Penha, Rio de Janeiro, transferiu a responsabilidade desta igreja para o pastor Adolfo Alves da Silva, presidente em Jardim Primavera-RJ. Seu vice-presidente era o pastor Sedenil Lacerda de Souza, que futuramente viria a ser presidente deste campo, entretanto, por hora, fora designado como pastor regional em Divino.

O trabalho foi emancipado em 1971 e o pastor Sedenil passou a contar com a ajuda do pastor Francisco Libório, pastor presidente de Duque de Caxias-RJ, que nesta época, assumiu como presidente desta igreja. Em 1975, pastor Sedenil recebeu autonomia para assumir como pastor presidente deste campo.

Em 1977, o campo de Divino uniu-se ao campo de Piabetá-RJ, tendo como pastor presidente o pastor Jari de Souza. Neste período, este pastor deu apoio financeiro para construir algumas congregações. O pastor Sedenil passou, então, a ser o pastor vice-presidente de Piabetá-RJ.  O pastor Jari emancipou, novamente, o campo de Divino em 1987 e o trabalho retornou para a direção de Piabetá-RJ, em 2002.

Sob a liderança do pastor Jari de Souza, a cidade de Divino precisaria de um pastor regional. Foi então que ele, debaixo da orientação divina, no dia 11 de abril de 2002, enviou o pastor Ronaldo Ribeiro de Souza como pastor regional para Divino.

Em 17 de dezembro de 2005, devido ao crescimento e a estabilidade financeira da igreja, o pastor Jari de Souza empossou o pastor Ronaldo como presidente deste campo.

Atualmente, este campo conta com mais de dois mil membros, trinta e nove congregações, além da matriz. Estamos envolvidos com o ide de Cristo, apoiamos treze famílias de missionários em Cuba, missionários na Índia, na África e trabalhos realizados em presídios. E, ironicamente, o fogo ateado em nosso primeiro templo, com o intuito de parar esta igreja, serviu de combustível para o seu avanço!

Essa história não acaba aqui, afinal, “o fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (Lv 6.13).